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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"Se tivesse asas e soubesse voar, eu voaria até onde esta. Sondar-te-ia pela fresta da janela até você dormir, velaria o teu sono até o amanhecer do dia, antes que despertasse depositaria um suave beijo nos teus doces lábios e voaria sem rumo pra morrer sozinho em algum lugar distante".

             * * *

Se eu pusse lhe fazer um pedio, suplicaria para que não despertasse meu ódio... Você não suportaria!

            * * *

Difícil, não é você não poder fazer algo por quem ama! Mas sim, saber que quem você ama, não pode e nunca fará nada por você!

            * * *
Odeio essa solidão que me afaga... Tenho tantas coisas a dizer, mas renunciaria a própria voz, somente para ouvir as suas.
            * * *
 
Tem gente que perde tanto tempo alimentando o seu egoísmo que não percebem a obesidade da própria vaidade. Morrem sem saber que o amor sempre esteve ao seu lado, só esperando um olhar, um sorriso, um simples aceno para lançar-se em seus braços e transformar sua vida numa tempestade de felicidades e revertê-la após adorável tormenta numa constante bonança de prazer. Simples assim.
* * *
Observo cada passo seu.
A sua maior decepção não será a noticia do próprio suicídio pelo egoísmo latente que fervilha em suas entranhas, mas sim o assassinato lento e cruel que insiste em cometê-lo. Só não morrerei plenamente feliz por saber que ignorastes e não conseguiste fazer real a história que desenhamos juntos.
            * * *
 
É mais pratico e coerente condenar um ser justo e correto por um único erro cometido que tentar compreender as razões que o levaram ao deslize.
* * *
Muitos olhares me chamam a atenção;
Muitas bocas me encantam;
Muitos corpos me atraem;
Mas desejo apenas a sua atenção;
Beijar apenas a sua boca;
Deitar-me apenas ao teu lado.
Acariciar apenas o seu corpo;
Sentir apenas o seu cheiro;
Apenas você!
É assim que entendo o amor.
Você é o único porque que vale apena lutar e esperar...
 
Hannaell Mendes
11/12/2012 – 11h01min

sábado, 8 de dezembro de 2012

Viajante Solitário

Nesta minha curta estadia neste planeta estranho (digo isto porque não sou daqui, estou certo disso) percebi que apenas uma coisa é capaz de unir os seres “humanos”. Por mais que se fale de amor, fraternidade, caridade, solidariedade e mais o cacete. A chave do poder neste planeta primitivo não está nessas coisas, e sim numa só. Esta mesma coisa tem o poder de unir e também separar. É lamentável, mas é fato. A fragilidade das coisas e seres é visível e clara diante dos olhos de quem não se furtam a verdade. Mas a utopia é real dentro de cada ser vivente e pensante desse planeta. É preciso sonhar sim, mas enquanto acordados faz-se necessário observar cautelosamente cada movimento das coisas e seres.
João o menino de calças curtas vindo do interior, humilde não só na forma de se vestir e de falar. Comportamento reto e ilibado.  Enquanto eu o observava em sua singular trajetória neste mundo perverso, pensador que sempre foi “João”, não profetizou, apenas resumiu em poucas palavras a forma de agir, pensar e fazer da maioria dos seres deste planeta. Palavras de João: “É impossível desfrutar de um amor verdadeiro quando se detém uma fortuna, por menor que seja. É impossível se ter amor, amizades, companhias se não possuir recursos para bancá-las ou simplesmente compartilhar”.
João procurou por um amor verdadeiro, amizades sinceras, companhias agradáveis por longo tempo da sua vida. Com sua pequena fortuna procurou sempre criar ambientes agradáveis e acolhedores, capazes de proporcionar aos seres conforto e tranqüilidade para que neles pudesse brotar o que João procurava (amor, amizade, companhia). O amor não brotou, as amizades empobrecidas faliram, as companhias falsas se foram. A pequena fortuna de João, também.
João ficou triste, muito triste... Sem saber para onde ir, João saiu pelas ruas sentou-se sub uma frondosa arvore e adormeceu. Quando acordou, deparou-se com um pacote singelamente embalado para presente e um cartão com uma frase “Este é o livro da vida, encontre-se nele e conhecerás o verdadeiro amor, amizade sincera e companhias eternas”.  João faminto de respostas para suas inúmeras interrogações de forma literal, literal mesmo devorou o livro (não o comeu, devorou no sentido figurado apenas), João leu o livro. No livro encontrou diversas formas de expressão que lhe conduziram ao seguinte pensamento: “Não é a fortuna material que traz a felicidade e sim o desprendimento dela”. Um enorme sorriso prendeu-se em seus lábios, tomado por um enorme sentimento de felicidades João, pôs-se em pé e caminhou, vagou, perambulou, dias e noites a procura... João morreu ontem às 4h45min da madrugada, noite de lua nova, na esquina da Rua Esperança com a Avenida dos sonhadores. Eu não fiz nada enquanto João agonizava...
 
Hannaell Mendes
08/12/2012 – 11h13min

sábado, 24 de novembro de 2012

HIPER EGO (NARCISISMO)

          Entrincheirado num dialogo um tanto vazio, talvez até mesmo pueril.
          Um lampejo de sabedoria ou de puro egocentrismo. Para alguns um estúpido ataque de narcisismo.
          Letras soltas em desalinho começaram a saltar de minha mente para ponta de meus dedos que passaram teclá-las em um ritmo ora descompassado, ora continuamente e acelerado, formando palavras que logo deram origem ao seguinte solilóquio:
- Permita-me demonstrar o que posso fazer com uma coisinha simples...
          Posso fazer um sorriso transformar-se em uma gargalhada.
          Uma gargalhada transformar-se em profundos soluços carregados de amargas lagrimas.
          A dor, a tristeza, a agonia e o ódio; Posso transformá-los em momentos de intenso amor e prazer.
          A solidão e a lembrança transformá-las em uma eterna saudade gostosa de sentir, ou uma amarga e dolorosa ausência, difícil de suportar.
Hannaell Mendes
23/11/2012 – 23h38min

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CARENCIA

Hoje só queria um par de olhos para olhar fixamente!
Uma boca para roubar centenas beijos!
Encarcerado em meu quarto,
um corpo quente para me fazer suar...
Exaustos e suados, dormirmos abraçados...
de conchinha, acariciando teus seios.
 
Hannaell Mendes
19/11/2012 – 18h9min

sábado, 17 de novembro de 2012

360º

Se eu pudesse neste momento girar 180º e retornar mesmo que lentamente desconstruindo tudo até algum ponto confortável no passado. Mesmo que esse ponto longínquo fosse o útero materno, poder respirar fundo girar novamente mais 180º e começar a construir tudo novamente, é o que eu faria.

Antes de aprender a falar pudesse escolher a primeira frase a dizer, escolheria estas duas bem parecidas: “Eu amo você mamãe” “Eu amo você papai”.
Eis ai que surgiria o meu primeiro dilema, qual seqüência pronunciá-las?

Certamente esperaria a oportunidade de tê-los juntos durante um banho ou uma troca de fraudas(sei lá alguma coisa que os pais costumam fazer juntos com seus bebês), compartilhando a criação, então fitari-os nos olhos e diria: “Eu amo vocês”. Concretizando este feito estou certo que daí em diante estaria livre para reconstruir tudo que houvera construído de forma tão frágil e agraciado com a oportunidade única de desconstrução para uma nova construção. Faria tudo com mais esmero e atenção.

Seria muito mais filho,
muito mais irmão,
muito mais neto,
muito mais sobrinho,
muito mais primo,
muito mais amigo,
muito mais namorado,
muito mais noivo,
muito mais marido,
muito mais pai...

Certamente eu esperaria mais para te encontrar, MEU AMOR!
Certamente eu não tentaria te convencer com palavras bonitas!
Certamente eu não faria poesias para você!
Certamente eu não lhe mandaria flores!
Certamente eu não lhe daria um presente!
Certamente eu lhe roubaria os beijos, os abraços, o calor do seu corpo!
E lhe recompensaria com o mais puro e intenso prazer...

Pena!
Hoje só me resta perder-me nos dias fatídicos que restam, vendo de longe os seus sorrisos, sem ao menos decifrá-los. Se para mim ou se para zombar de mim.
 

Hannaell Mendes
17/11/2012 – 13h11min

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

NENHUMA PALAVRA MAIS...

Alguém para me ouvir!
Penso que não seja mais tão útil.
Alguém ali, parado diante de mim, inerte, inexpressível apenas a ouvir-me tecendo palavras e mais palavras, formulando frases inúteis, incapazes de expressar a realidade. E ao calar-me, ouvir apenas um “é, é bem assim mesmo”.
Tempo perdido!
Preciso de alguém que invada minha mente, descortine meus pensamentos, desvende meus segredos, meus medos, meus desejos e descubra quem realmente sou e não se importe com isso. O amor que sinto pela vida, a força de vontade que habita em mim e que me impulsiona a fazer algo pelo meu próximo, mesmo que pareça invisível aos olhos deste.
Não quero mais dizer, nem escrever palavra alguma.
Liberto teus ouvidos, poupar-te-ei de minha presença e meus lamentos.
Autorizo-te se quiser invadir minha mente, sondar meu coração.
Ao descobrir o verdadeiro motivo pelo qual ainda pulsa, uma lagrima quiser rolar, não contenha.
Se sentir vontade de me abraçar, me abrace me beije se desejar.
Se não tiver medo de ser feliz...
Morra comigo todos os dias que nos restam viver ou apenas enquanto houver prazer...
  
Hannaell Mendes
28/10/2012 – 12h18min

sábado, 27 de outubro de 2012

Parede Branca


Hoje já chorei sem motivo...
Procurei um motivo que justificasse o motivo das lagrimas...
Embriaguei-me sem culpa...
Embriagado vomitei palavras coloquiais na latrina de minha mente...
Por horas olhei fixo uma parede branca...
Apenas fitei-a intensamente por longas horas...
Sentir minha mente vazia...
Ouvi o som de meu coração a pulsar...
Olhei no espelho e vi sua imagem refletida no meu olhar choroso...
Seu sorriso desfazendo-se em minhas lagrimas correndo entre as rugas de minha face...
Busquei-te e há encontrei britando meu peito sem nenhuma expressão no olhar...
De peito aberto e sangrando apenas observei-te, me machucar...
Eu, logo eu, que te amo tanto...
Então liguei o radio, ouvi Oswaldo Montenegro e depois escrevi sem nexos estas palavras que nada dizem ou não!

Hannaell Mendes
27/10/2012 – 11h57min

Caracois

O amor que sinto é tão intenso que há momentos que tenho vontade de gritar.
Quero-te e desejo com tanta loucura que tenho vontade às vezes não ser eu.
Correr o risco, invadir sua boca e roubar seus beijos, lançar-me em seus braços, mergulhar em seu corpo e descansar em teus seios fazendo caracóis em seus cabelos.
 
Hannaell Mendes
27/10/2012 – 11h09min

terça-feira, 9 de outubro de 2012

um Beijo na boca "deus"


Caminhando pelos desertos da vida encontrei um filho de Deus que sofria e chorava, quase a se render, copiosas lagrimas corriam pela face. Gemia de dor e soluçava compulsivamente. Clamando por justiça recusava-se a analisar e compreender as graças divinas que eram lançadas sobre ele. Indignado desafia Deus, contestado sua divina misericórdia.

            Aproximei para confortá-lo!... Bradou ferozmente tal qual um indefeso animal irracional acuado. Cale-se, afaste-se... Estou esperando Deus me dar às respostas as perguntas que formulei.

            Afastei-me e passei a observá-lo de longe: - O diabo chegou travestido de “deus”, abraçou-o, enxugou as lagrimas, depositou um singelo beijo na face. E começou a preencher o caderno de respostas daquele inocente filho de Deus, com os soluços acalmando, as lagrimas quase estancadas, as dores cessando a cada resposta dada, observava ansioso o diabo a responder suas perguntas.

            Terminado com as perguntas ele o “diabo” afagou carinhosamente a cabeça do filho de Deus, entregou-lhe sorridente seu caderno de respostas, o qual mais uma vez cuidadosamente passou os olhos sobre cada uma das respostas.

            Respirou fundo e aliviado, satisfeito com as resposta e pensando que se tratava de Deus, beijou o diabo na boca!

 


Hannaell Mendes
09/10/2012 – 18h15min

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"amigo" PSICÓLOGO. (é assim que se escreve mesmo) "amigo"

É nessas horas que descobrimos o quanto é importante um amigos.
Durante um dialogo com um amigo, após alguns instantes de lamentação sobre as atuais circunstancias que a vida me impõe, solicito e convicto o amigo disse-me que somente um psicólogo poderia me ajudar. Para não contraria-lo concordei, despedidas e se foi.
Após um mês, encontrei o amigo que efusivo me interrogou: E ai seguiu meu conselho, foi ao psicólogo?
Respirei fundo fitei-o diretamente nos olhos e disse-lhe: Sim!
Ainda em estado de êxtase, perguntou-me insistentemente, mas o que ele disse você esta melhor?
Calmamente respondi, fui a quatorze! Agora espantado e confuso murmurou, nossa... e me interrogou mais uma vez, porque tantos o que tem é grave? Bem que te avisei. Mas me conta o que você tem?
Diante da impossibilidade de livrar-me daquele ridículo interrogatório respondi: Meu amigo “não tenho nada” apenas isso, nada. Portanto nenhum psicólogo pode me ajudar!
Insistente, mas como nenhum dos quatorze disse algo que lhe inspirasse esperança na resolução dos seus problemas? (porra meu tem gente que é chato)
Já um tanto irritado respondi, sim! Todos disseram que não podem me ajudar, meu caso é insolúvel a curto e médio prazo e certamente a logo prazo também, só um milagre mesmo para me salvar. (disse isso já tentando me livrar do infeliz), mas infelizmente agucei ainda mais a sua curiosidade.
Quase que a implorar continuou... me conta então o que foi que disseram, consternado me abraça calorosamente tremulo e com a voz embargada fala-me em tom de piedade. “meu amigo sei que nessas horas de tamanha necessidade poucas pessoas nos acolhe, mas independente do que você precisar, mesmo todos estes especialistas não podendo lhe ajudar conte comigo para o que der e vier, sou seu amigo e estarei ao seu lado até o fim, pode contar comigo”. Silencia por alguns instantes, respira fundo e dispara inocentemente, interrogando-me novamente ao final. (ai sou obrigado a responder) Bem já que ninguém pode lhe ajudar, me diz qual é seu problema eu também me formei em psicologia, por ser teu amigo tudo fica mais difícil, mas eu vou te ajudar. Diga!?
Olhei fixamente nos teus olhos e vi o sentimento de piedade incrustado, saltando de dentro dele, num misto de compaixão e curiosidade. Sorri, timidamente e disse-lhe: todos foram unânime amigo. Segui: Tenho 10 mil em cheques devolvidos, cinco mil de cartão de credito estourado, vinte mil em impostos atrasados, cinco mil de pensão atrasada, dez mil em dividas para agiotas... meu nome esta no SPC/SERASA, uma de minhas empresas esta falida e a outra esta pior que água de banho (indo pro ralo). Pausei!
Imagino, imagino, imagino... Você já me disse isso aquele dia, é foda, eu sei... eu vou te ajudar, mas me conte qual o problema, vamos ver se é tão grave mesmo e porque não puderam te ajudar, sou seu amigo confie em mim:
Extremamente confiável afirma: vou te ajudar, fique tranqüilo. Mas você precisa me dizer do que se trata. (Caceeeeteeeeeeeeee)
Bem já cansado daquela ladinha, disse-lhe: você meu amigo é a minha ultima esperança... Carquei, nenhum deles tinham cinqüenta mil reais para me emprestar. E ai vai rolar?
Ainda abraçado a mim, deu-me três tapinhas nas costas, afastando-se e sacudindo a cabeça com um tímido sorriso no canto da boca, comentou: Você é demais, sempre fazendo piadas, cara eu sinto muitas saudades de nossas conversas. Ta na minha hora até mais ver... Sucesso...
 
Hannaell Mendes
26/09/2012 – 12h54min

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Orelhada

Certa vez um desconhecido interpelou-me, dizendo que ouvirá de orelhada algo muito grave que poderia interferir de forma negativa em minha vida... Prontamente ouvi seu relato!
Naquele momento parecia-me tão absurdo tudo aquilo que ignorei. E ainda disse-lhe: Vos, sois um louco!
Levantou-se e foi embora, nunca mais o vi.
Hoje temo, ter cometido uma grande equivoco.
 
Hannaell Mendes
25/09/2012 – 18h38min

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Desabafo roubado

Desabafo roubado de quem amo e partilha das mesma inquietações e angustia que sinto. Mas também rimos nos momentos que a vida nos brinda.
Assim segue:
“É tão utópica a justiça humana quanto seu próprio simbolismo. Justiça símbolo sagrado de equilíbrio, porém a balança inclina-se sempre mais para um lado que para outro. Tanto que nos faz questionar em certas situações a supremacia da dogmática justiça Divina. A exaustão da interminável espera, prende em nossas gargantas a vontade de gritar ao mundo ‘eu não quero mais viver assim´”.
- Roubam tudo e todos que amo, fere tudo que desejo. Denigrem meu caráter. E o pior é saber que enquanto caio agonizante na sarjeta, aquele que me derruba ascende-se cada vez mais. “Eu não quero mais esperar e nem vê-los cair em sinal de vingança”. Quero apenas respeito assim como exigem de mim e sou obrigado prontamente respeitá-los (mesmo não compactuando).
Enfim!
Por mais que eu recuse a acreditar nesta conspiração tudo parece cada vez mais explicito, ações, energias estranhas que me sonda. “Por mais que meu desejo é querer ajudar parece que o mundo conspira contra”.
Sinto-me cada vez mais acuado e sem forças. Será que o objetivo é esse, me destruir?
Por quê?
 
Hannaell Mendes
19/09/2012 – 16h07min

sábado, 8 de setembro de 2012

No mundo dos sonhos corre em minha direção,
Atira-se em meus braços,
Invade minha boca,
Consome meus beijos,
Aquece-se com meu calor,
Seduz-me e deleita-se de prazer.
Quando raia o sol,
Faz-se o dia,
É indiferente quando me vê.
Evita-me,
Ignora-me.
Mas sei que me reconhece.
Por quê?
 
Hannaell Mendes
08/09/2012 – 13h50min
Ser artista,
ajudar o próximo,
amar o amor dos meus sonhos,
mesmo que esse amor exista apenas nos meus sonhos!
É o meu maior prazer.
Mas às vezes dói,
dói tanto que preciso chorar.
 
 
Hannaell Mendes
08/09/2012 – 10h53min
Pássaro da paz de espessas asas, solidário sobrevoa o território em guerra, esquivando-se das rajadas traçantes que corta o céu, rasgando o breu da noite a caça de um peito morno para se alojar. Meio monocórdia sinfonia de pesados instrumentos mortíferos, voa o pássaro de asas grandes, elas são lindas. Desmancham as nuvens por onde passa e forma desenhos no céu.
Voa solicito há busca do general entrincheirado que se nega ao abraço de paz que porá fim a sangrenta batalha.
Voa pássaro de gigantes asas brancas.
Embora cansado não desista.
Por Favor!


Hannaell Mendes
08/09/2012 – 10h40min

sábado, 25 de agosto de 2012

Mãos ao bolso!! Cidadão...



É o que mais sabe fazer a SEMAV em Presidente Prudente. Gostaria de saber o que os candidatos a Prefeito, pretendem fazer a respeito da fabrica de multas em nossa cidade. Estão multando até veículo parado em estacionamento privado.

Penso que dirigir é algo de extrema responsabilidade e que certificado de habilitação não deveria ser distribuído a revelia da forma que é feita hoje. Muitos não têm o mínimo de responsabilidade mesmo, e não deveria estar conduzindo um veiculo. Mas não posso admitir o absurdo de amparado nas ações de irresponsáveis o “sistema” impotente e repleto de corruptos puna arbitrariamente cidadão honestos e cumpridores das leis, autuando seus veículos enquanto estes estão trabalhando e os veículos devidamente estacionados no seu local de trabalho. É lamentável e trágico você estar em casa depois de muitos meses sem descanso tentando gozar uma tarde de folga, bate o carteiro e te presenteia com uma multa embalada a vácuo. E isso nem é tão mal, o pior é você constatar que no dia da autuação, na hora indicada você não estava em circulação. Seu veículo estava estacionado em local seguro. E o circo dos horrores ainda esta por iniciar. Claro você tem o direito de recorrer, mas não importa o quanto reúna de provas e testemunhas, a fabrica de multas (através de sua estúpida, covarde e corrupta comissão de analise. Se não for isso, deve ser analfabetos) irá te condenar e até tirar sua habilitação, não importa há quantos anos você seja habilitado, não importa se você nunca foi autuado (em 10, 20, 30 anos de habilitação) eles querem te roubar, eles vão te roubar! Não vão nem olhar sua argumentação. Você estará fudido! Através da justiça certamente você não conseguira nada, mas dizem que tem algumas formas de burlar a “justiça” e livrar-se da arapuca covarde que te armaram, é só molhar a mão de algum funcionário publico corrupto. Está cada dia mais difícil viver de forma honesta neste país. Penso: “não é por sermos vítimas da corrupção que podemos utilizar de atos corruptos para o exercício da justiça”. QUERO SABER O QUE OS CANDIDATOS PRETENDEM FAZER SOBRE O ASSUNTO.
Acreditem não se trata de uma acusação leviana, isto é fato.

  
Hannaell Mendes
25/08/2012 – 10h13min

terça-feira, 24 de julho de 2012

Periodo Eleitoral

É... Chegou mais uma vez o “periodo eleitoral”, abraços, apertos de mãos, beijos em criancinhas sujas, cafézinho no boteco cheio de bebados, caminhadas por ruas lamacentas e fetidas; Promessas, promessas e mais promessas.

Alguns dias atraz ouvi um politico conhecido e “honesto” dizer: É neste periodo que o homem de bem que deseja fazer algo para seu povo esta livre para mentir “por uma boa causa”, ou seja, para ser eleito.
Se para conquistar os votos necessarios para me eleger for preciso prometer transpor as aguas do mar pelo centro da cidade eu prometo.
Porque eu preciso estar lá para mudar a vida do meu povo. Será?

E ai povão?
Como vai ser desta vez?
Estão cansados de mentiras?
Estão cansados de corrupção?
Estão cansados de serem roubados?
Estão cansados de serem enganados?
Estão cansados de ver seus filhos cada dia mais ignorantes?
Estão cansados de ver seus progenitores definharem na fila da saude publica?
Estão cansados de ver crianças, mulheres e homens pelas ruas pedindo esmolas?
O que voce faz quando alguem lhe pede uma esmola?
O que voce faz quando ve alguem dormindo embaixo de um viaduto?
O que voce faz quando ve uma criança de 10 anos que ainda não aprendeu a ler e escrever?
O que voce faz quando ouve uma noticia de que alguem morreu na fila do INSS a espera da autorização para fazer um exame que poderia detectar a doença, indicar o tratamento que iria lhe propiciar mais alguns anos de vida?
O que voce faz quando ve um cadeirante tentando atravessar uma rua movimentada?
O que voce faz quando ve uma prostituta dando espediente num esquina da cidade?

- Estou certo que 99% das pessoas que lerem estas interrogativas, responderão, NADA!

Sendo assim só peço uma coisa, aprendam a votar. Se voce acredita que todos os politicos são iguais, vão roubar o dinheiro publico e fazer muito pouco, quase nada. Então mostre para eles que voce esta consciente disso, não vote em ninguem.

A corrupção só chegará ao fim quando os fabricantes de corruptos cessarem a produção ou seja, o povo que vota deixar de votar em carinhas bonitas, personas bizarras, por que o cara deu um geitinho numa coisa para ele ou para um parente ou conhecido...
Todo brasileiro acha um escandalo um bandido poder se candidatar.
Eu acredito que escandalo e falta de vergonha na cara é eleger um candidato bandido. Mesmo sabendo quem ele é.
Quem vota em corrupto é tão corrupto quanto.

Porque não se faz algo de concreto contra a politicagem marginal?
Porque a maioria do eleitorado pensa um dia, mesmo que remotamente se tornar no minimo um vereadorzinho!
Eleições-2012: nosso pleito!

De todos os que estão canditatos sem medo de errar, posso dizer:

Apenas 2% estão preparados para legislar.
Apenas 5% tem boas intenções.
Apenas 0,5% se eleito tentará fazer a coisa certa.

Claro! Certamente nenhum desses serão eleitos.




Hannaell Mendes
24/07/2012

quinta-feira, 31 de maio de 2012

O que mais admiro no preguiçoso é a perseverança, por mais que o entorno o pressione, a necessidade bata à sua porta, nem mesmo a fome é capaz de arrancá-lo da sua ociosidade.


Hannaell Mendes
11/06/2012 – 17h43min

terça-feira, 3 de abril de 2012

Duplo sentido

Às “vezes” eu me distraio e cometo um erro, um equivoco, uma gafe...
Algumas pessoas às “vezes” se lembram e fazem a coisa certa.
Outras nem se importam, às “vezes” não existe: fazer merda e fuder com os outros é tão natural quanto piscar e respirar.


Hannaell Mendes
03/04/2012 – 13h56min

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

AVE DE AGOURO

Emputecido pelas mazelas que calcam meus ombros de forma covarde e sem pudor, aprisionado na escuridão que sobrepõe o enfraquecido lampejo de minha alma, defronte a latrina sobre sua tampa abaixada vomito compulsivamente palavras sem nexos em dias vazio de paginas amareladas de uma velha agenda de anos passados, numa desesperadora tentativa de encontrar soluções para o que parece insolúvel.

Brutalmente insultado pelos fantasmas que se desenham a minha volta, formados pela fumaça do meu cigarro: os quais, mastigo suas bitucas e as dispenso ao chão em sonoras e cusparadas.

Parte ainda sã de minha mente mantém o precário funcionamento de meus órgãos. Exausto com a infrutífera busca, opto por abandonar o fétido cubículo e passear por um abandonado bosque próximo de casa.

Já em pleno passeio sentindo a brisa calma que toca meu rosto, percebi-me atraído pelo fúnebre gorjear de um estranho pássaro desconfortavelmente acomodado nos secos galhos de uma arvore sem vida. Paro a observá-lo.

Sub a arvore os restos de um banco corroído por cupins, esgueiro-me entre galhos secos de pequenos arbustos nascidos de sementes encubadas no solo ou semeadas por pássaros distraídos e brotaram devido ao longo tempo sem zelo. Sento-me nos restos de banco apodrecido bem embaixo do galho que se assenta o funesto pássaro.

Ao erguer a rosto para observá-lo, senti um violento impacto contra minha testa como se fora uma incandescente bala de fuzil atravessando minha fronte. Percebi um liquido quente, gosmento, esverdeado e fétido escorrer pela minha face. O maldito e fúnebre pássaro defecara em minha cabeça, mediante tão calorosa recepção, desisto da visitação ao abandonado bosque e volto a caminhar pelas ruas em direção minha casa, enlameado pelos dejetos da funesta ave de agouro.

Ainda sem nenhuma aparente solução, apenas a certeza de que necessito de um banho.



Hannaell Mendes
14/02/2012 – 02h25min

sábado, 7 de janeiro de 2012

“FELICIDADE”

Quando criança por volta dos sete, oito anos ainda não sabia nadar. Sonhei com uma linda menina, ela tinha o rosto parecido com o seu, a boca igual a sua, os olhos, cabelos o corpo, tudo idêntico a você.
Banhávamos num pequeno riacho, a menina olhava e sorria pra mim. Eu sempre nos lugares mais rasos, pois ainda não sabia nadar. A menina sabia, por tanto explorava águas mais profundas, por alguns instantes desviará meu olhar, pois um inseto me picará. Quando voltará para menina percebi que estava por afogar-se, de súbito mergulhei em direção a ela e como um peixe nadei, arrastei-a para margem, desfalecida deitei-a na areia, esbaforido desabotoei sua blusa, seus seios ficaram expostos; iguaizinhos os teus. Coloquei minha pequena mãozinha entre os dois e comecei a flexionar, ela não reagia, então inspirei o máximo de ar que pude armazenar em meus amiudados pulmões, encostei meus lábios nos seus e soprei forte: uma, duas, três vezes e novamente voltei a flexionar bem forte minhas mãos entre seus lindos seios. Ela recobrou os sentidos, olhou fixamente em meus olhos sorriu e me disse: “me espera!”
Acordei aos prantos com mamãe a beira de minha cama me sacudindo, interrogando-me desesperada. Eu suava e tremia muito!
Desde então roubará minha paz, todos os dias vinha em meus sonhos parava diante de mim olhava-me fixamente e perguntava: “Me espera?”
Eu simplesmente ficava olhando pra ela e admirando sua beleza impar, até que um dia tomei coragem e perguntei quem era ela, em duas palavras me respondeu – sua felicidade! Quase todas as noites ela vinha.
Quando tinha cerca dez anos a menina desaparecerá. Voltará por volta dos treze, seu sorriso e seus olhos brilhavam como nunca brilhará, uma luz há envolvia por inteiro, me olhou fixamente e disse: “estou chegando.” Tocou meus lábios com as pontas dos dedos, desfaleci e acordei em profundos soluços, agarrado ao meu travesseiro.
Logo depois de completar quatorze anos ela veio novamente e disse: “me espera já cheguei; não viaje para longe, logo iremos nos encontrar. Eu necessito que você me ajude a encontrar a mim mesma!” e desapareceu novamente. Passaram-se muitos anos de nosso tempo e a menina dos meus sonhos não mais apareceu, mas eu nunca deixei de lembrá-la, principalmente na hora de recolher-me, o toque de seus dedos nos meus lábios, toda vez que me lembrava dela era como se voltasse ao instante que me tocará.
O tempo aos passos do tempo sem contar o tempo que se espera o tempo passar, eu sempre a me lembrar da menina até ao ouvir alguém pronunciar a palavra “felicidade”. Mas ela nunca mais veio me visitar.
Passando o tempo que conta o tempo que marca às horas que faz o tempo passar. Desejei todo tempo encontrar a felicidade.
Em busca da "felicidade" passei muito tempo do meu tempo abraçando e beijando falsas felicidades. No desespero de encontra-la fui magoado e traído por diversas infelicidades, amarguei a angustia e sofri de saudades da minha felicidade. Já passado muito tempo que conta o tempo do tempo de vivencia que se diz às vezes fora do tempo alem da idade.
Num dia ensolarado e muito quente mergulhado em empilhadas de tarefas, angustiado pelo trabalho uma brisa fria quase gelada soprou-me nos ouvidos: pare! É hora de sonhar preciso lhe falar, deixei tudo por fazer fui embora era apenas duas horas da tarde, mesmo assim fui acometido de um profundo sono e fui me deitar. Tão logo adormeci a "felicidade" chegou. Que saudade daqueles olhos, aquele rosto. Sorrindo olhou-me fixamente, segurei suas mãos bem forte com medo de que fosse embora, apertou as minhas mãos, aproximou seu corpo do meu e me envolveu em um forte e extenso abraço, seus lábios tocaram os meus num beijo ardente e cheio de amor. Senti seu coração pulsando por traz de teus seios, seu corpo em chamas a me queimar. Disse-me: obrigado por me esperar, esteja pronto amanhã vamos nos encontrar.
E assim se fez no dia seguinte em meio tanta gente lá estava ela, linda como sempre, nossos olhares se cruzaram. Eu esperei, desejei tanto este dia, pensei que viria correndo para mim e saltaria em meus braços e como loucos nos amariamos. Mas eu nem peguei em suas mãos, não ficou parada diante de mim olhando fixo nos meus olhos, eu não a abracei, o seu corpo não se encostou ao meu, não beijei sua boca.
Ao tempo que não para de contar o tempo que marcam as horas do tempo que passa, fomos apresentados como estranhos.
Passeamos juntos em parques e praças, tomamos sorvetes juntos, bebemos, nos embriagamos, rimos e choramos juntos, caminhamos descalços na areia e pisamos na grama molhada dos canteiros que separas as duas vias das avenidas. Tomamos banhos de chuva e contamos estrelas numa noite nublada.
O tempo que conta às horas que somam meu tempo, já esta por parar de contar o meu tempo, que o tempo concedeu-me...
Mas tenho a impressão de que ela não me reconheceu.

Hannaell Mendes
07/01/2012 – 02h23min