Dito Popular (um clichê a mais) - “as pingas que bebo todo mundo vê, os tombos que levo ninguém enxerga”
1º - Não enxergam
porque são apenas abutres famintos que poluem a pureza do céu que repousa sobre
mim, esperando meu ultimo suspiro para arrancarem meus olhos e devorarem minha
carne.
- Esses não me
incomodam, pois só vêem o que esta ao alcance de seus olhos malignos, não vêem meus
tombos nem tão pouco as feridas que me causam, são incapaz de um mínimo esforço;
o egoísmo que os tomam é um obstáculo intransponível.
Não me incomodo
com eles, falem o que querem, pois nem de orelhada falam, falam apenas para
gastar saliva, o que falam é apenas veneno. Nem precisa ser sábio, “basta ler o
rotulo”. Para manusear veneno carece de proteção e contra esses eu sei me
proteger, veneno não se ingere nem cheira... É morte certa. Eu não quero e não vou
concedê-los esse prazer.
Eu também sou
venenoso, meu veneno é o simples fato de eu existir, portanto se não forem
capazes de beberem de mim, hão de se afastar, pois não serão capazes também de
sentir meu odor.
Com esses eu até
me divirto!
2º - Nem todos
sabem ou se sabem nunca ouvi alguém dizer; nesse dito clichê popular existe um
segundo agente: Aqueles que bebem junto, que vai pra casa junto, vê os tombos,
caem junto; vê as feridas, se ferem também, sentem as mesmas dores que
sinto, mas ficam a esperar que mesmo ferido me levante primeiro e os coloque em
pé e num abraço fraternal ajude-os caminhar até em casa, que limpe e cure suas
feridas e os coloque pra dormir, e em sono profundo não me vêem recostado num canto escuro a lamber as próprias feridas.
- Esses sim me
machucam, jogam-me no limbo, por esses eu morderia minha língua envenenaria com
minha saliva, embebedar-me-ia com o odor do meu sovaco e recostado em qualquer
canto, sozinho! Morreria por eles...
Hannaell Mendes
11/11/2013 – 18h08min
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