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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sem titulo

A quem pensa que sabe que sabe que pensa,
que sabe que sabe quem é o outro
digo de mim um pouco pra quem queira saber quem sou
“se é que interessa a quem quer que seja
saber o que tão pouca importância tem”.
 
Não é ouvindo o que falo;
Não é observando meus gestos e ações;
Não é seguindo as espreita meus passos
que saberá quem sou!
É olhando-me nos olhos,
tocando minhas mãos,
percebendo a energia que emana de mim e
anima meu corpo.
É sentando na varanda comigo num dia qualquer,
é colocando o ouvido no meu peito,
é sentindo o que sinto...
é permitindo que eu sinta o que sente “independente do que seja que sente”.
Eu me revelarei,
sem palavras,
sem gestos,
sem... 

 

Hannaell Mendes
27/11/2013 – 12h28min

terça-feira, 26 de novembro de 2013

overdose

Artistas são como anjos e santos...
Há quem diga que alguns são “deuses”...
Só que não fazem milagres,
não tem asas e não precisam de pedestais;
Basta-lhes o palco...
Mas precisam e aceitam orações,
fazem orações antes de subir ao palco.
Artistas são como estrelas,
brilham por horas e se recolhem para sol dar seu show...
Quando chove também não sai de casa...
Artistas servem de inspiração para humanidade,
Artistas se inspiram na humanidade...
Artista é humano...
Artista come,
Bebe,
Ama,
Faz sexo;
Pode até fumar se quiser,
com os mesmos direitos a optar,
como qualquer ser humano... 
Mas digo:
Artistas não deveriam morrer de overdose!
 

Hannaell Mendes
26/11/2013 – 16h05min

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Eu gosto...

 
Eu gosto de ler,
eu gosto de escrever,
não escrevo muito bem eu sei.
Tem gente que nem sabe ler,
tem gente que não gosta de ler,
tem gente que não sabe escrever e,
tem gente também que não gosta de escrever.
Tem gente que lê muito mais que eu,
tem gente que escreve muito melhor que eu,
mas não é por isso que vou deixar de ler,
que vou parar de escrever.
Foda-se...
Se você não sabe escrever,
se não gosta,
se não vai ler...
o que eu escrevo,
o que os outros escrevem...
 

... Se todos que freqüentam as escolas fossem para as aulas com vontade e disposição para aprender, estou certo que encontrariam professores dispostos e com muito conteúdo para ensinar.
 

Hannaell Mendes
22/11/2013 – 12h26min

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Uma história a mais...

            Apenas mais uma história besta de quem não tem o que fazer (é assim que são tratados, apelidados, achincalhados e vários outros “ados” os artistas neste país de bosta). 
            Às vezes as coisas não invertem mesmo, nem fudendo. Quer dizer se fuder ai é que não inverte mesmo. 

            Então ta vou contar a história do João (esse será o nome da personagem, eita João se prepara), bem na história do João tem também o José seu grande amigo de infância e adolescência.
            João garoto simples e humilde, descendente de família prestadora de serviços rurais. Os pais de João trabalhavam na fazenda dos pais de José, lá nasceram, se conheceram, cresceram... e bla, bla, bla... Vou pular essa parte da infância e adolescência onde brincavam juntos corria pelos terreiros, campos, nadavam nos rios e caçavam passarinhos e também freqüentavam a escolinha da fazenda as festanças na capelinha onde conheceram suas primeiras namoradinhas (eita tempinho bão). Não vou contar também que João casou com a Zefinha a mais feinha e José com a Ritinha (pensa numa muié bonita, eita).
            Os tempos passaram e foi descoberto que 3/4 das terras que compunham a fazenda dos pais de José eram griladas (o pai do José ficou na merda), desfez-se então a grande fazenda. João e sua família mudaram-se para uma cidade grande mais precisamente a periferia da desta grande cidade, José ainda ficou por lá, sabe se lá quanto tempo, perdeu-se o contato.
            Há poucos dias atrás João voltava do trabalho como de costume (metódico, sempre pelo mesmo caminho), percebeu-se a sua frente alguém manobrando um luxuoso veiculo na tentativa de retirá-lo da vaga onde ficara encurralado. Passando pelo veículo o vidro abaixara e o condutor interpelou João: - Amigo poderia ajudar-me a sair deste embuste que me encontro? João prestativo e com memória de elefante, responde de pronto: Claro José! O granfino salta do carro e abraça efusivamente João, disparando: João, meu amigo você esta vivo cara, quanto tempo que saudades de você, pensava que já havia morrido seu feladaputa (há essas altura a finês que José adquirirá na universidade e em seu meio social, foi pro pau). João acanhado apesar de estar na presença de seu amigo, mas temente que o pó do trabalho trazido em suas vestes sujasse a roupa de alta linha envergada pelo amigo, balbucia: É, né... É... Morri não Zé, to vivim e você meu amigo parece que se recuperou da paulada do destino, graças a “Deus”, né?
            José impulsivo como sempre pegou João pelo braço após tirar o carro da vaga embustiva, empurrou para dentro do seu carro dizendo vamos pra minha casa quero que conheça minha família, sabia que já estou no meu terceiro casamento? E você João ainda continua com a feiuda da Zefinha? João orgulhoso de si dispara: Claro Zé, eu amo a Zefa, num casei com ela pela beleza e sim pelo caráter (que paulada), José meio desconcertado mais cheio de alegria prossegue com a prosa até chegar a sua casa. José recebe com honras e regalias o amigo de infância, enquanto o cerca de toda luxuria e ostentação desenrola o texto e conta sua história.
- João! Tempos ruins aqueles, você se foi fiquei por lá mais algum tempo papai deu uma meia reviravolta no caso, conseguiu na mão grande uma parte do que havíamos perdidos juntou tudo passou pra um trouxa e saímos do país... A Rita não quis me acompanhar larguei dela e fui com meus pais, estudei fora: Cursei administração, economia, filosofia, psicologia e p-o-l-i-t-i-c-a. Meus pais se foram então voltei, descolei uns amigos na política, fundei uma prestadora de serviços e olha onde cheguei, tenho quatro filhos todos criados dois formados e dois estudando no exterior, um advogado, uma médica, um fazendo arquitetura e o caçula vai seguir os passos do papai aqui, mas me conta João o que aconteceu com você meu amigo? João acanhado tenta fugir da interrogativa de José: - Nada de muito interessante só uma vida honesta e castigada. José insiste, quantos filhos João? – Oito! Estarrecido, puta que pariu João você é foda véio oito filhos, cacete a Zefinha deve estar um bagaço, percebendo João acanhado desculpa-se, ôh João leva mal não meu amigo é que... Poxa tanto tempo parece que foi ontem, ainda parece que somos aqueles meninos, aqueles dois jovens sonhadores (eles tinham sonhos, João tinha muitos sonhos – José também, havia planejado uma vida inteira juntos).  Mas José insiste: Conta-me João o que seus filhos fazem da vida? João inicia a narrativa: Bem um é pedreiro, dois é servente de pedreiro, uma menina trabalha em casa de família, a outra ta trabalhando na prefeitura varrendo rua. – ô Zé ta faltando três? Ah! Esses ai ainda são pequenos uma tem 17 anos outro 16 e o mais novo tem 14 anos. Ah! Ta. Insiste José, mas o que eles fazem? – Estão estudando ainda, mas a mais velha esta fazendo teatro diz que vai ser atriz, o menino aprendeu a tocar violão no projeto lá do bairro diz que vai ser cantor, o mais novo diz que quer ser doutor-médico, cuidar de gente! Vê se pode!
José: - É João, pode... Mais é difícil...
- Bem que bom te encontrar amigo vou pedir pro criado chamar um taxi pra te levar pra casa, eu pago faço questão em nome da nossa amizade, muito bom te ver assim tão bem amigão... 

O comentário faz parte do texto, oky?
‘é... vão dizer que minha história é uma história sem pé nem cabeça, não tem conflito esta solta sem amarração, dirão também que não possui uma dramaturgia consistente. E também vão dizer que o final não tem nada a ver, alias nem final tem... Quer saber vão defecar (eu escrevi cagar, mas o Word diz que é chique escrever defecar, então ta, né?)”. 

 

Hannaell Mendes
20/11/2013 – 17h20min

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Se eu fosse “Deus”...

 
     Se eu fosse “Deus” nenhum pai e nenhuma mãe abandonariam seus filhos em caixas de papelão, sacolas de mercados, sacos de lixos depositados em caçambas e todos seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” os pais amariam seus filhos ensinariam o bem, o respeito e o amor ao próximo e todos seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” os filhos respeitariam seus pais, seguiriam seus conselhos e todos seriam felizes;
Se eu fosse “Deus” não haveria ricos e nem pobres e todos seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” exterminaria a fome e miséria e todos seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” pararia todas as guerras, destruiria todas as espécies de armas, instalaria a paz mundial e todos seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” todos os seres humanos teriam um par e seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” todos respeitariam a preferência do outro e seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” homens e mulheres seriam livres para amar sem preconceitos e todos seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” ninguém desejaria o par alheio viveria satisfeito e em harmonia com o seu e todos seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” não haveria fortes e nem fracos, bonitos e nem feios haveria apenas amor e todos seriam felizes;
     Se eu fosse “Deus” os humanos entenderiam a língua dos animais, falariam com as plantas, ouviriam a voz do vento, teriam asas e poderiam voar, tocar as estrelas e todos seriam felizes. 
 
Hannaell Mendes
18/11/2013 – 9h29min

sábado, 16 de novembro de 2013

Me de a mão!

... cada um num canto com sua dor
sonhos estilhaçados pelas metralhadoras do egoísmo...
Seria tão simples,
o amor é simples,
a amizade é simples,
os sonhos são simples, mas...
Sonhar sozinho é utopia,
sonhar junto sem egoísmo é desmanchar os sonhos
é torná-los realidade.
Isso é fato se não fosse esse maldito
que cada um traz enterrado dentro de si. 

Quantas lágrimas,
quantos lamentos,
em panfletos arrastados pelo vento,
em cartazes colados nos postes,
sim, postes que se movem,
frios pelas ruas carregados to tal “ego-ismo”.
Ei... Me de a mão!
 

Hannaell Mendes
16/11/2013 – 10h20min

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Eu morreria por eles...

Dito Popular (um clichê a mais) - “as pingas que bebo todo mundo vê, os tombos que levo ninguém enxerga” 

- Não enxergam porque são apenas abutres famintos que poluem a pureza do céu que repousa sobre mim, esperando meu ultimo suspiro para arrancarem meus olhos e devorarem minha carne. 

- Esses não me incomodam, pois só vêem o que esta ao alcance de seus olhos malignos, não vêem meus tombos nem tão pouco as feridas que me causam, são incapaz de um mínimo esforço; o egoísmo que os tomam é um obstáculo intransponível.
Não me incomodo com eles, falem o que querem, pois nem de orelhada falam, falam apenas para gastar saliva, o que falam é apenas veneno. Nem precisa ser sábio, “basta ler o rotulo”. Para manusear veneno carece de proteção e contra esses eu sei me proteger, veneno não se ingere nem cheira... É morte certa. Eu não quero e não vou concedê-los esse prazer.
Eu também sou venenoso, meu veneno é o simples fato de eu existir, portanto se não forem capazes de beberem de mim, hão de se afastar, pois não serão capazes também de sentir meu odor.
Com esses eu até me divirto! 

- Nem todos sabem ou se sabem nunca ouvi alguém dizer; nesse dito clichê popular existe um segundo agente: Aqueles que bebem junto, que vai pra casa junto, vê os tombos, caem junto; vê as feridas, se ferem também, sentem as mesmas dores que sinto, mas ficam a esperar que mesmo ferido me levante primeiro e os coloque em pé e num abraço fraternal ajude-os caminhar até em casa, que limpe e cure suas feridas e os coloque pra dormir, e em sono profundo não me vêem recostado num canto escuro a lamber as próprias feridas. 

- Esses sim me machucam, jogam-me no limbo, por esses eu morderia minha língua envenenaria com minha saliva, embebedar-me-ia com o odor do meu sovaco e recostado em qualquer canto, sozinho! Morreria por eles...

 

Hannaell Mendes
11/11/2013 – 18h08min

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Prosaaa...

Cuidado antes de bater no peito!
O fato de ter sido o primeiro
não significa que seja o melhor.
Ter feito mais de uma vez,
dezenas, centena também não...
O pioneirismo fica na história,
mas nem sempre faz história.
Pioneirismo dá nome a alamedas,
ruas, praças e até cidades inteiras.
Os cemitérios... A maioria tem nome de santo.
Renato Russo cantou...
“quero que meu filho tenha nome de santo”
um nome bem bonito.
Dei a minha filha nome de anjo
“um nome tão bonito que roubei para mim...”
Quando eu morrer quero ver as pessoas cantando
ninguém chorando,
-- vê lá, não vai estragar tudo
se sentir vontade de chorar, grite: – Toca Raul...
Ah! Sou doador de orgãos e tecidos
por favor atendam a minha vontade...
Se quiser velar meu corpo tudo bem.
Mas fujam do padrão
vistam-me de palhaço, botem meu chapéu,
meu lenço, minhas meias coloridas,
meu coturno ou minhas sandálias vermelhas,
coloquem meu nariz azul
desenhem uma lua no lado esquerdo do meu rosto
tentem por um sorriso suave em meus lábios...
deixem-me inclinado de olhos abertos,
se alguém disser: que horror,
não liguem.
Se minha mãe disser coitado do meu filho
digam a ela que estou feliz assim...
Meu pai! Esse eu já sei vai apenas observar,
Não vai dizer nada
vai se esconder no banheiro toda vez que sentir vontade de chorar
mas ele saberá que estarei bem...
Se minha filha aparecer por lá
não precisa lembrá-la que eu amava pode ser doloroso
e estarão mentindo, eu não amava,
eu ainda amo e vou amá-la por todas as eternidades...
Quando tudo acabar cremem meu corpo
Não precisa guardar as cinzas
nem jogá-las em lugar especial...
Por favor...
Não batizem com meu nome nenhuma rua.
Se quiserem fazer alguma homenagem
apenas orem baixinho por mim...
Cuidado!!!
Não bata no peito
a vida, a prosa...
pode tomar rumos inesperados... 

 

Hannaell Mendes
08/11/2013 – 16h30min