Recostado aos barrancos da vida observo passivamente meu corpo tombado, trajando farrapos de roupas, delicadamente depositado numa cova rasa... Ainda respirando.
Meu sangue emergindo de minhas entranhas, gota a gota brotando de meus poros, cobrindo-me por inteiro como se fosse um manto.
Algumas gotas escapam e caem no solo encharcando a terra seca.
Os vermes iniciam o seu ritual, ao som de atabaques e violinos festejam... O cálice transborda com a bebida sagrada.
Cantam e dançam, celebram a inércia de meu corpo quase sem vida.
Embriago-me e morro solitário na penumbra vazia do meu quarto frio.
Hannaell Mendes
16/12/2011 - 23h08min
Passivamente lhe perguntou - Porque somos tão destrutíveis?
ResponderExcluircaramba...
ResponderExcluirmto bom texto hannaell.