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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O Lobo

Olhos amarelados que se abrem, observam uma tarde morna!
Marcas que cortam o céu azul, prelúdio de uma noite sombria.
Rajadas de vento forte queimam os ouvidos, lagrimejar os olhos.
O vento que agita a selva de pedras, aumenta sua fúria!
A tempestade se forma!
O contraste, de aparências torna-se evidente...
A preocupação em tantos olhares!
A indiferença em outros!
Tantos alheios, sem opinião e nenhuma objeção!
Enquanto...
No pico mais alto desta selva de pedras, que se faz nesta mente!
Prepara-se para mais uma jornada, o lobo!
Que uiva angustiado, lá no alto, bem lá no alto...
Diante dos teus amarelados olhos, move-se a fotografia desta tempestade.
Lacrimejam seus amarelados olhos... e o lobo uiva cada vez mais alto.
Num desespero o qual, que se compreende estar rompendo sua carne.
A profunda violência.
A tempestade desabrocha, como a rosa devastadora que queima.
Seus olhos amarelados choram, sua carne apodrece e cai...
Relâmpagos e trovões ensurdecedores, oculta seu uivo nesta noite sombria.
Ronda em busca de abrigo...
A tempestade se vai, com o piscar do olho mágico do gigante que aquece.
Ainda ouve-se o ultimo uivado daquele, que erra pelos labirintos da vida.
Olhos amarelados!
Lágrimas cristalinas!
Lobo solitário.



Anonimo

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