O tic tac das horas não se ouve mais...
Enquanto balança em sua cadeira,
ouve-se apenas o vento lá fora...
Quando ousa caminhar...
Anda de passos lentos pra não acordar o dia.
O sol aparece toda manhã e bate na sua janela...
Quando abre o danado foge igual fumaça...
A negritude da noite espanta seu dia!
Deixando-o só nos abraços gelado da solidão...
De lábios colados num beijo amargo com a madrugada.
Às vezes se sente como um relógio...
Correndo atrás do tempo!
Em outras como seu relógio velho pendurado na parede...
Vencido pelo tempo!
Pobre relógio, não mais conseguindo alcançar as horas...
Marca agora somente 17 minutos para as 13 horas!
Assim como o velho relógio atravessou gerações,
até chegar ao nobre herdeiro,
este por sua vez trilhou muitos caminhos.
Mas as circunstancias do tempo, não permitiram vencer...
Agora, assim como seu relógio velho...
Não pode mais acompanhar os passos do tempo
(marca 17 minutos para as 13 horas)!
Sempre que pensa tomar novo caminho,
Ronda-lhe o medo da síndrome do relógio!
Todo o dia ali, parado na tua frente...
Grudado na parede!
Boca grande, Dentes pontiagudos e afiados,
Sua garganta larga e profunda lhe causa arrepios!
Parece que vai saltar da parede e engoli-lo de uma bocada só.
Tic, tac... Tic, tac... Lá vai o tempo...
Hannaell Mendes
22/09/2006 - 23:00min
Texto publicado na Edição do Jornal Oeste Noticias, 17 de Fevereiro de 2010
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