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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Lindo dia...

           O amanhecer entrou sorrateiro pela minha janela. Um raio de sol tocou suave meu rosto... Despertei.
           Minha boca estava doce (ao contrario dos outros dias), sempre acordava com um amargo horrível na garganta, mas naquele dia estava doce, suave, muito doce.
           A preguiça das manhãs, corpo surrado, dolorido... Naquele dia nada disso senti.
           Ergui meu corpo (leve naquele dia), bem diferente de outrora, sentei-me na cama, respirei fundo toquei meus pés descalços no chão frio, senti que algo me revigorava.
           Caminhei até janela fitei o horizonte, o sol da manhã rasgava o céu com um glamour jamais visto, saudei-o... Bom dia!!!.
           Parece ter compreendido, saudando-me de volta repetidas vezes... Bom dia... Bom dia... Bom dia...
           A cada vez parecia brilhar mais forte. Parecia sorrir... Um sorriso lindo, deixando amostra seus enormes e bancos dentes, que pareciam bailar dentro da sua boca... Caminhou firme céu a dentro.
           Algumas nuvenzinhas tentavam impedi-lo de avançar, mas imponente empurrava-as para o lado e seguia belo e radiante.
           Naquele dia não sai da janela, fiquei contemplado sol... As horas caminharam num ritmo descompassado, ora mais rápido, ora mais lento.
           O mundo parecia parado a minha volta, apenas o sol diante de mim desbravando o céu... Enquanto uma brisa suave tocava meu rosto, na minha mente passava em revista uma tranqüila avaliação existencial... Amizades, amores, momentos de risos, de lágrimas, relações perdidas... De forma sutil, praticamente irreal.
           Naquele dia nada me incomodou, foi tudo tão natural... Por mais irracional que possa parecer...
           O sol, venceu as nuvenzinhas, a brisa mansa que tocava meu rosto na janela cessou, a luz do generoso sol cedeu às trevas da noite, mas a lua adormecida não apareceu, o céu azul estava estrelado. O tempo descompassado parou... Meus olhos cerram-se...
          Foi assim...
          O dia em que eu morri...



Por... Hannaell Mendes
23/02/2010 – 16h16min

2 comentários:

  1. =O nossaaaaa... profundo hein!? A morte da alma,mas com o corpo ali,vivo,caminahndo sem saber para onde,pra mim é a pior.Pois é "estar vivo sem estar".
    bom pelo menos foi o que eu entendi!

    bjos

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