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sábado, 27 de outubro de 2012

Parede Branca


Hoje já chorei sem motivo...
Procurei um motivo que justificasse o motivo das lagrimas...
Embriaguei-me sem culpa...
Embriagado vomitei palavras coloquiais na latrina de minha mente...
Por horas olhei fixo uma parede branca...
Apenas fitei-a intensamente por longas horas...
Sentir minha mente vazia...
Ouvi o som de meu coração a pulsar...
Olhei no espelho e vi sua imagem refletida no meu olhar choroso...
Seu sorriso desfazendo-se em minhas lagrimas correndo entre as rugas de minha face...
Busquei-te e há encontrei britando meu peito sem nenhuma expressão no olhar...
De peito aberto e sangrando apenas observei-te, me machucar...
Eu, logo eu, que te amo tanto...
Então liguei o radio, ouvi Oswaldo Montenegro e depois escrevi sem nexos estas palavras que nada dizem ou não!

Hannaell Mendes
27/10/2012 – 11h57min

Caracois

O amor que sinto é tão intenso que há momentos que tenho vontade de gritar.
Quero-te e desejo com tanta loucura que tenho vontade às vezes não ser eu.
Correr o risco, invadir sua boca e roubar seus beijos, lançar-me em seus braços, mergulhar em seu corpo e descansar em teus seios fazendo caracóis em seus cabelos.
 
Hannaell Mendes
27/10/2012 – 11h09min

terça-feira, 9 de outubro de 2012

um Beijo na boca "deus"


Caminhando pelos desertos da vida encontrei um filho de Deus que sofria e chorava, quase a se render, copiosas lagrimas corriam pela face. Gemia de dor e soluçava compulsivamente. Clamando por justiça recusava-se a analisar e compreender as graças divinas que eram lançadas sobre ele. Indignado desafia Deus, contestado sua divina misericórdia.

            Aproximei para confortá-lo!... Bradou ferozmente tal qual um indefeso animal irracional acuado. Cale-se, afaste-se... Estou esperando Deus me dar às respostas as perguntas que formulei.

            Afastei-me e passei a observá-lo de longe: - O diabo chegou travestido de “deus”, abraçou-o, enxugou as lagrimas, depositou um singelo beijo na face. E começou a preencher o caderno de respostas daquele inocente filho de Deus, com os soluços acalmando, as lagrimas quase estancadas, as dores cessando a cada resposta dada, observava ansioso o diabo a responder suas perguntas.

            Terminado com as perguntas ele o “diabo” afagou carinhosamente a cabeça do filho de Deus, entregou-lhe sorridente seu caderno de respostas, o qual mais uma vez cuidadosamente passou os olhos sobre cada uma das respostas.

            Respirou fundo e aliviado, satisfeito com as resposta e pensando que se tratava de Deus, beijou o diabo na boca!

 


Hannaell Mendes
09/10/2012 – 18h15min