Em algum momento no tempo que se
escreve a historia da humanidade havia uma grande arvore fincada a beira de um
caminho. Num certo período de cada ano (mais precisamente no período da sua
florada) o dono da arvore cercava-a com arame farpado, uma cerca tão alta e bem
trançada que quase chegava à copa da arvore, mas sem esconder sua beleza. Logo
vinham os frutos, lindos de se ver, seus galhos carregados quase tocavam ao
chão.
Quando começavam a amadurecer,
todos os dias o dono da arvore pela manhã e a tardezinha sentava-se sub a sobra
da arvore para saborear seus frutos e compartilhá-los com todos os passantes,
nunca negará um fruto a quem quer que fosse.
Muitos traziam sacolas e
levava-as cheias para casa. Este sagrado ritual ocorria todos os dias até a
colheita do ultimo fruto, ocasião em que ele solitariamente removia majestosa
cerca farpada.
Por décadas repetiu-se o ritual.
Certa vez a cerca não se
levantou, a flora chegou, vieram os frutos e o dono da arvore não apareceu, a
colheita findou-se antes mesmo que todos os frutos amadurecessem; seus galhos
machucados já não envergavam a beleza de outrora, no ano seguinte a cerca
também não foi levantada e dono continuou ausente!
Flora e frutos já não foram como
antes.
Mais alguns poucos anos depois
sem a cerca e a ausência de seu dono hoje quem passa pelo caminho contempla
apenas um toco sem vida e alguns galos secos... E assim caminha a humanidade.
Hannaell Mendes
17/05/2013 – 13h45min
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