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sábado, 24 de novembro de 2012

HIPER EGO (NARCISISMO)

          Entrincheirado num dialogo um tanto vazio, talvez até mesmo pueril.
          Um lampejo de sabedoria ou de puro egocentrismo. Para alguns um estúpido ataque de narcisismo.
          Letras soltas em desalinho começaram a saltar de minha mente para ponta de meus dedos que passaram teclá-las em um ritmo ora descompassado, ora continuamente e acelerado, formando palavras que logo deram origem ao seguinte solilóquio:
- Permita-me demonstrar o que posso fazer com uma coisinha simples...
          Posso fazer um sorriso transformar-se em uma gargalhada.
          Uma gargalhada transformar-se em profundos soluços carregados de amargas lagrimas.
          A dor, a tristeza, a agonia e o ódio; Posso transformá-los em momentos de intenso amor e prazer.
          A solidão e a lembrança transformá-las em uma eterna saudade gostosa de sentir, ou uma amarga e dolorosa ausência, difícil de suportar.
Hannaell Mendes
23/11/2012 – 23h38min

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CARENCIA

Hoje só queria um par de olhos para olhar fixamente!
Uma boca para roubar centenas beijos!
Encarcerado em meu quarto,
um corpo quente para me fazer suar...
Exaustos e suados, dormirmos abraçados...
de conchinha, acariciando teus seios.
 
Hannaell Mendes
19/11/2012 – 18h9min

sábado, 17 de novembro de 2012

360º

Se eu pudesse neste momento girar 180º e retornar mesmo que lentamente desconstruindo tudo até algum ponto confortável no passado. Mesmo que esse ponto longínquo fosse o útero materno, poder respirar fundo girar novamente mais 180º e começar a construir tudo novamente, é o que eu faria.

Antes de aprender a falar pudesse escolher a primeira frase a dizer, escolheria estas duas bem parecidas: “Eu amo você mamãe” “Eu amo você papai”.
Eis ai que surgiria o meu primeiro dilema, qual seqüência pronunciá-las?

Certamente esperaria a oportunidade de tê-los juntos durante um banho ou uma troca de fraudas(sei lá alguma coisa que os pais costumam fazer juntos com seus bebês), compartilhando a criação, então fitari-os nos olhos e diria: “Eu amo vocês”. Concretizando este feito estou certo que daí em diante estaria livre para reconstruir tudo que houvera construído de forma tão frágil e agraciado com a oportunidade única de desconstrução para uma nova construção. Faria tudo com mais esmero e atenção.

Seria muito mais filho,
muito mais irmão,
muito mais neto,
muito mais sobrinho,
muito mais primo,
muito mais amigo,
muito mais namorado,
muito mais noivo,
muito mais marido,
muito mais pai...

Certamente eu esperaria mais para te encontrar, MEU AMOR!
Certamente eu não tentaria te convencer com palavras bonitas!
Certamente eu não faria poesias para você!
Certamente eu não lhe mandaria flores!
Certamente eu não lhe daria um presente!
Certamente eu lhe roubaria os beijos, os abraços, o calor do seu corpo!
E lhe recompensaria com o mais puro e intenso prazer...

Pena!
Hoje só me resta perder-me nos dias fatídicos que restam, vendo de longe os seus sorrisos, sem ao menos decifrá-los. Se para mim ou se para zombar de mim.
 

Hannaell Mendes
17/11/2012 – 13h11min

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

NENHUMA PALAVRA MAIS...

Alguém para me ouvir!
Penso que não seja mais tão útil.
Alguém ali, parado diante de mim, inerte, inexpressível apenas a ouvir-me tecendo palavras e mais palavras, formulando frases inúteis, incapazes de expressar a realidade. E ao calar-me, ouvir apenas um “é, é bem assim mesmo”.
Tempo perdido!
Preciso de alguém que invada minha mente, descortine meus pensamentos, desvende meus segredos, meus medos, meus desejos e descubra quem realmente sou e não se importe com isso. O amor que sinto pela vida, a força de vontade que habita em mim e que me impulsiona a fazer algo pelo meu próximo, mesmo que pareça invisível aos olhos deste.
Não quero mais dizer, nem escrever palavra alguma.
Liberto teus ouvidos, poupar-te-ei de minha presença e meus lamentos.
Autorizo-te se quiser invadir minha mente, sondar meu coração.
Ao descobrir o verdadeiro motivo pelo qual ainda pulsa, uma lagrima quiser rolar, não contenha.
Se sentir vontade de me abraçar, me abrace me beije se desejar.
Se não tiver medo de ser feliz...
Morra comigo todos os dias que nos restam viver ou apenas enquanto houver prazer...
  
Hannaell Mendes
28/10/2012 – 12h18min